Com base na experiência em projetos de gestão de cultura organizacional e na análise de uma série de casos reais, acredito que existem 7 (sete) situações ou contextos principais em que uma empresa deva desenvolver um processo estruturado para gerenciar sua transformação cultural:
- M & A: empresas que precisam mapear e gerenciar suas forças e limitações culturais para que a estratégia da nova empresa se realize plenamente.
- Abertura de Capital: facilitar a transformação cultural de uma perspectiva interna para atender as necessidades de todos os stakeholders.
- Reposicionamento estratégico: alinhar a cultura para viabilizar a nova estratégia do negócio e gerar os resultados almejados.
- Turnaround: definir uma identidade que dê sustentação ao novo direcionamento da empresa em um momento crítico de sua história.
- Profissionalização da empresa: mudar uma cultura centrada no relacionamento/lealdade para uma que valorize a meritocracia e o resultado.
- Change Management: alinhar a mudança com a cultura da organização, respeitando os desafios da adaptação das pessoas à nova realidade.
- Mudança na Liderança: apoiar a liderança no processo de fortalecimento e alinhamento de uma cultura estabelecida ou na construção de uma nova cultura.
Em quaisquer destas situações, as chances de êxito serão maiores se a empresa definir um processo organizado que comece pelo diagnóstico da situação atual, medindo as forças de sua cultura e as suas áreas de vulnerabilidade para que possa ter uma ação efetiva sobre elas.
É muito importante que esta avaliação seja realizada considerando-se não apenas a visão geral da empresa, mas também as visões parciais e detalhadas, seja por área, localidade, nível hierárquico, tempo de casa dos funcionários, dentre outras. Assim, é possível mapear a força e a influência das subculturas que tanto podem interferir negativamente minando a cultura que se deseja, como podem dar sinais positivos de que a organização precisa se atualizar, oxigenar com novas ideias.
Neste caso, as ações a serem empreendidas para que a empresa consiga ter e viver a cultura que almeja serão mais certeiras, uma vez que as características das suas subculturas serão levadas em conta em todo o processo.