O que valorizamos (e fazemos) define quem somos

O que valorizamos (e fazemos) define quem somos

O que valorizamos (e fazemos) define quem somos

Divulgado na semana passada, estudo da consultoria PwC que mede o índice de rotatividade de CEOs nas 2.500 maiores empresas mundiais de capital aberto constatou que 18% deles foram demitidos em 2018. Este é um número alto, mas o que mais impressiona é que pela primeira vez, em 19 anos de pesquisa, a falta de ética liderou os motivos de demissão. No ano passado, 39% dos CEOs demitidos foram acusados de falta de ética; ou seja, o número de CEOs demitidos por ética superou o número de CEOs demitidos por fraco desempenho ou por problemas de desentendimento com o conselho de administração. Time out – precisamos refletir seriamente sobre isso!! Comecemos pelo que está acontecendo no mundo…

Em vários cantos do planeta, vieram a público inúmeros casos de assédio (ex: indústria cinematográfica em Hollywood), preconceito religioso (ex: massacre na Nova Zelândia), cenas deploráveis no esporte com conteúdo racista (ex: jogadores sendo xingados de macacos) e sexista (ex: pedido de “dancinha” para a melhor jogadora de futebol do mundo no prêmio da FIFA). Digno de nota também foram os inúmeros casos de corrupção nos setores público e privado, principalmente, mas não apenas no Brasil. Ou seja, relatos de má conduta começam a ter uma visibilidade muito maior.

Por outro lado, empresas, governos e associações multiplicam esforços para prevenir, controlar, avaliar situações de “não compliance” e condenar os culpados. A sociedade se mostra cada vez mais atenta e exigente aos vários deslizes, seja quem for o autor – neste sentido, a internet presta um ótimo serviço ao escancarar “pisadas de bola” de vários tipos e mostrar que, mais que nunca, o telhado é de vidro para todos.

Mas, o que pode ter motivado aqueles CEOs a se comportarem de modo inapropriado? Para mim, a questão central está nos valores pessoais daqueles indivíduos – que provavelmente, estão desalinhados com os “novos tempos” e com os valores das empresas que eles supostamente lideravam. Nossos valores (positivos ou limitantes) orientam nossas decisões, nossos comportamentos. Estes CEOs revelaram quem eles realmente são, pois afinal, quem somos é resultado de nossas escolhas e ações. Está cada vez mais difícil se esconder e ao que parece, estamos entrando em uma era de maior consciência em que nossos valores e comportamentos serão mais importantes que cargos, produtos ou frases de efeito.

O resultado da pesquisa da PwC é alarmante, mas também positivo. Em um passado nem tão distante, executivos com algum desvio de conduta eram perdoados por conta dos bons resultados gerados aos acionistas de suas empresas. Agora, neste mundo que clama por mais transparência e justiça, valores desalinhados que levam a comportamentos inadequados deverão ser punidos mais severamente. Gerar resultados a qualquer custo, utilizar meios escusos para justificar fins corretos e assediar subordinados são práticas que estão com os dias contados – felizmente!

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