Recentemente, a World Health Organization (WHO) atualizou a definição de “burnout” classificando-a como “síndrome associada à stress crônico não gerenciado de maneira bem sucedida no local de trabalho”. A mesma organização agora considera o burnout com um “fenômeno ocupacional”, caracterizado por “sentimento de diminuição ou esgotamento de energia, aumento da distância mental em relação ao trabalho, sentimento de negativismo ou cinismo relacionado ao trabalho e redução da eficácia ou produtividade”.
E o que isso tem a ver com cultura ou desalinhamento cultural? TUDO! Desalinhamento cultural (ou “misfit cultural”) é uma expressão utilizada para definir a incompatibilidade de valores de um pessoa com o ambiente em que ela convive. Vale para a família, rodas de amigos, escola, local (cidade ou país, por exemplo) e, principalmente, para organizações.
Burnout pode ser uma das consequências mais perversas de desalinhamento cultural nas empresas, principalmente de líderes. Sabemos que eles precisam “comprar” a cultura da empresa e servir de exemplo para sua equipe, comportando-se e tomando decisões de modo coerente com o valores da empresa, mas… e quando isso não acontece? Você já imaginou um líder com valores que “não batem” com os valores da empresa?
Gostaria de levantar três hipóteses para explicar a ocorrência da síndrome de burnout nas empresas – principalmente, por parte de líderes:
1.Não satisfação de suas necessidades básicas associadas à sobrevivência (segurança, estabilidade, saúde), relações (senso de pertencer) ou auto estima (senso de importância);
2.Não satisfação de outros níveis de necessidades (denominadas de “desenvolvimento”) que envolvem aprendizagem e autonomia; ou transparência e relações de confiança; ou colaboração e fazer diferença (na vida dos outros); ou serviço, com objetivo de se deixar um legado.
3.Presença de toxicidade no trabalho (neste caso, as chances de burnout são ainda maiores). Alguns dos sintomas típicos de toxicidade no trabalho (ou entropia cultural): muitos controles, excesso de foco no curto prazo, competição interna exacerbada, busca por culpados, muita burocracia, feudos/silos, estruturas altamente hierárquicas.
Em suma, esgotamento mental, negativismo ou falta de produtividade (sintomas de burnout) demonstrados pelos funcionários ou líderes podem ser claros sinais de “misfit” cultural. Três são as possíveis soluções: (1) CEO e/ou Conselho mudarem a cultura (resultados a longo prazo), (2) funcionários/líderes adaptarem-se à cultura (com apoio de ações de auto consciência e desenvolvimento), ou (3) buscarem uma nova empresa!
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