Cultura Organizacional e Coronavírus – Parte II

Cultura Organizacional e Coronavírus – Parte II

Cultura Organizacional e Coronavírus – Parte II

Já está claro que a epidemia do coronavírus deixará marcas profundas em todos nós ao tirar a vida de centenas de milhares de pessoas – algumas bem próximas, sejam familiares e amigos – e ao retirar milhões de pessoas do mercado de trabalho. Os efeitos para as economias dos países e finanças das empresas também serão devastadores.

Em meio a cicatrizes tão profundas, quais lições podemos tirar de tudo isto? Neste texto, quero enfatizar o que pode mudar nas organizações após este tsunami: quais são os atributos culturais e as novas práticas que as empresas precisam desenvolver? Qual o jeitão das organizações no “novo normal”? Seguem algumas reflexões, resultantes do que já está acontecendo durante a crise e o que vislumbro que deva acontecer após este período:

  • Formas alternativas de trabalho: “home office” é um exemplo de como as pessoas podem continuar trabalhando e de maneira até mais produtiva. A continuidade desta prática passa mensagens culturais importantes: confiança, maior participação, menor distância do poder e informalidade.
  • Educação e inclusão: por outro lado, é enorme o desafio para o pessoal operacional (que não tem como trabalhar em casa). Neste caso, é provável que aceleremos o processo de automação do processo produtivo (linha de montagem) e a inclusão deste pessoal, executando tarefas mais nobres e que exijam menos esforço físico. Para que isto aconteça, eles precisam ser treinados, educados para performarem em um mundo diferente.
  • Autonomia e responsabilização: para as organizações se adaptarem mais rapidamente, é preciso quebrar a hierarquia, distribuir o poder e enterrar de vez a ideia de que o “chefe” sabe mais que o time. As pessoas terão mais liberdade e passarão a ser responsabilizadas por decisões.
  • Colaboração: nações e organizações sofreram com a falta de ações coordenadas durante a crise. É preciso deixar o EGO de lado e tomar decisões em conjunto, de modo colaborativo. Temos que minar os feudos, as diferenças de crenças e enfatizar os valores comuns que cultivamos.
  • Perspectiva de longo prazo: a necessidade de lucro no curto prazo nos cegou. Precisamos olhar para frente, pensar estrategicamente, gerar novos cenários, planos B, C. A cultura da organização influencia sua forma de decisão e o longo prazo tem que voltar para a agenda. Pode soar estranho neste cenário de sobrevivência, mas temos que pensar sobre o que acontecerá no futuro com empresas, nações e a raça humana!
  • Humanização no trabalho: escutar, entender a necessidade do outro e reconhecer devem ser mais praticados, principalmente por líderes que precisam ter uma gestão mais humana, equilibrada. Neste ponto, as mulheres estão na frente (vide Nova Zelândia, Alemanha, Islândia, etc.).

A Culture for Performance é uma empresa 100% focada em projetos de cultura organizacional: nós medimos a cultura corporativa, discutimos a melhor opção para viabilizar a estratégia da empresa, desenvolvemos um plano de ação para implantar uma nova cultura ou fortalecer a cultura desejada e transferimos Know how para que a empresa gerencie a sua cultura. Para saber mais, acesse www.cultureforperformance.com.br